E.
Vou contar um pouco de minha vida.
Vou contar um pouco de minha vida.
Quando
eu era pequeno, morávamos em uma olaria em Serafina Corêa, lá não
era nada fácil, não era bem uma casa, só tinha 4 palanques
plantados no chão e o teto era muito ruim, era todo aberto dos
lados, quando chovia nós tíamos que ir na casa dos amigos de minha
mãe.
No
inverno é muito ruim, nós tínhamos poucas cobertas, assim
dormíamos todos juntos e mesmo assim passávamos muito frio.
Depois
de um tempo fomos morar em Bento Gonçalves, minha mãe alugou um
puxadinha onde morávamos em 9 pessoas. A casa era muito pequena,
tinhamos que dormir todos juntos, foi muito ruim.
Minha
mãe, minha tia e meu tio trabalhavam para sustentar nós, muitas
vezes não tivemos o que comer, era um pedacinho de pão para cada
um, as vezes eles ficavam sem para dar para nós, assim não foram
poucas as vezes que eles foram sem comer sem comer para o trabalho.
Chegaram a ficar sem comer até dois dias.
Nesta
terrí
Vou contar um pouco de minha vida.
Quando eu era pequeno, morávamos em uma olaria em Serafina Corêa, lá não era nada fácil, não era bem uma casa, só tinha 4 palanques plantados no chão e o teto era muito ruim, era todo aberto dos lados, quando chovia nós tíamos que ir na casa dos amigos de minha mãe.
No inverno é muito ruim, nós tínhamos poucas cobertas, assim dormíamos todos juntos e mesmo assim passávamos muito frio.
Depois de um tempo fomos morar em Bento Gonçalves, minha mãe alugou um puxadinha onde morávamos em 9 pessoas. A casa era muito pequena, tinhamos que dormir todos juntos, foi muito ruim.
Minha mãe, minha tia e meu tio trabalhavam para sustentar nós, muitas vezes não tivemos o que comer, era um pedacinho de pão para cada um, as vezes eles ficavam sem para dar para nós, assim não foram poucas as vezes que eles
vel situação minha mãe teve que dar um jeito, assim, depois de um tempo minha mãe voltou para Serafina, fomos morar numa casa de madeira quase caindo, não tínhamos o que fazer. Então minha mãe conheceu um homem e os dois decidiram morar juntos, ele arranjou serviço em uma colônia então fomos morar lá.
Vou contar um pouco de minha vida.
Quando eu era pequeno, morávamos em uma olaria em Serafina Corêa, lá não era nada fácil, não era bem uma casa, só tinha 4 palanques plantados no chão e o teto era muito ruim, era todo aberto dos lados, quando chovia nós tíamos que ir na casa dos amigos de minha mãe.
No inverno é muito ruim, nós tínhamos poucas cobertas, assim dormíamos todos juntos e mesmo assim passávamos muito frio.
Depois de um tempo fomos morar em Bento Gonçalves, minha mãe alugou um puxadinha onde morávamos em 9 pessoas. A casa era muito pequena, tinhamos que dormir todos juntos, foi muito ruim.
Minha mãe, minha tia e meu tio trabalhavam para sustentar nós, muitas vezes não tivemos o que comer, era um pedacinho de pão para cada um, as vezes eles ficavam sem para dar para nós, assim não foram poucas as vezes que eles
vel situação minha mãe teve que dar um jeito, assim, depois de um tempo minha mãe voltou para Serafina, fomos morar numa casa de madeira quase caindo, não tínhamos o que fazer. Então minha mãe conheceu um homem e os dois decidiram morar juntos, ele arranjou serviço em uma colônia então fomos morar lá.
A
partir daí começamos a melhorar de vida, mas não era nada fácil,
tinham que cuidar de uma terra muito grande em dois, eram 140
hectares de terra com muitas cabeças de gado. Tinham que tirar leite
todos os dias, começavam as 7h e terminavam as 11h30mim, eram mais
de 200 cabeças de gado, a vida para eles não era nada fácil. O
dinheiro que eles ganhavam, ia só para o nosso sustento. Nos finais
de semana, minha mãe carregava frango, ela sofria muito, meu
padrasto cuidava das cabeças de gado, depois de um tempo fui
crescendo e comecei a ajudar eles.
Nesta
época conheci um casal que morava de baixo da minha casa, eles eram
muito gente fina, teve um dia que fiquei na casa deles até de noite,
eu tinha 10 anos, meus pais ficaram preocupados comigo e foram me
procurar, eles me acharam na casa dos vizinhos, começarm a conversar
e na hora de ir para casa eu não queria ir, comecei a chorar e eles
me deixaram ali.
De
manhã cedo fui para casa ajudar meus pais, mas quando chegou a noite
fugi para lá de novo, quando vieram me buscar eu não quis ir
novamente. Assim, com o tempo eu não queria mais ir para casa,
queria só ficar ali com aquelas pessoas.
Até
que chegou o dia minha mãe se desentendeu com o meu padrasto, eles
se separaram e nós fomos morar em Bento com meus parentes, mas
ficamos pouco tempo lá e viemos para Guaporé.
Nessa
época o pai das minhas irmãs, e de meu irmão, vinha buscar eles
todos os finais de semana para levá-los na colônia, ele também me
levava. Teve um dia que era para mim ir para lá, mas foi o meu
irmão e os meus dois primos, eu queria muito ir, mas minha mãe não
deixou, ela teve que me segurar porque se não eu ia correr atrás do
carro, naquela dia chorei muito.
Quando
meus irmãos estavam voltando, na metade do caminho, o corsel
estragou, daí o irmão do pai dos meus irmãos ligou para o irmão
dele vir buscá-los de fusca. O caro tinha estourado o motor, então
eles embacaram no fusca, andaram 100 metros e um ônibus bateu no
carro, meus três irmãos faleceram, meu tio, o pai de meus irmãos
também, meus dois primo se salvaram, meu primo fraturou a cabeça e
minha prima moeu as duas pernas.
Quando
veio a notícia que meus irmãoo falaceram eu não acreditei, entrei
em desespero, pensei, perdi as pessoas que eu mais gostava. No outro
dia nós fomos no inteiro e eu ainda não acreditava que meus irmãos
tinham falecido, mas quando eu cheguei lá, daí sim eu acreditei,
comesei a chorar muito.
Depois
do acidente fiquei traumatizado, tive que ir em uma psicóloga por um
ano e meio e mesmo assim eu não parava de pensar nos meus irmãos,
queria muito eles, não parava de chorar, ficava dias sem comer nada,
minha mãe sempre me falava que mais cedo ou mais tarde eu tinha que
superar isso, tinha que aceitar, mas mesmo assim eu não tirava eles
da cabeça.
Passado
um tempo, fui esquecendo eles, comesei a pensar que com ou sem eles
tinha que seguir em frente. Daí minha mãe se ajuntou com outra
pessoa, ele era muito legal, ficaram casados um ano se separaram, os
pais dele tiveram que ir embora por causa da doença que o filho dele
tinha, o tratamento só era feito em São Paulo, ele não queria ir,
queria ficar com nós, mas minha mãe falou para ele ir por que os
pais dele já estavam velhos e ele concordou, tinha que cuidar
deles.
Dois
anos depois minha mãe esqueceu (não para sempre) e se ajuntou com
outra pessoa, fomos morar em Caxias do sul, cuidar de terras e
cabeças de gado, nesta época eu já estava com 13 anos, já sabia
me virar um pouco, tinha que lavrar a terra com o trator, eu ainda
era meio pequeno, mas mesmo assim eu tinha que lavrar para fazer a
plantação.
Ficamos
morando ali 1 ano, minha se desentendendeu com o marido e separou,
voltamos para Guaporé, eu fui morar com meu avô na colônia em
Vespasiano Corêa.
Ali
também não foi fácil, tinha que fazer tudo, então fui embora
dali, fui morar em outra colônia, minha mãe já estava com outra
pessoa, fique morando um ano ali, daí minha mãe, o marido dela e eu
fomos morar em Guaporé.
Hoje
eu tenho 16 anos, trabalho com polimento, minha mae é encostada e
meu padrasto trabalha de carregar frango. Estudo na Escola Alexandre
Bacchi e sou meio fuliento na sala de aula. Atualmente namoro e
espero que dure bastante tempo.
Para
quem leu essa história e sonha eu digo, nunca deixe de sonhar, cedo
ou tarde se a gente batalhar aos poucos tudo vai se realizar.