segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

ÚLTIMAS HISTÓRIAS DE VIDA DE 2013

E.
Vou contar um pouco de minha vida.
Quando eu era pequeno, morávamos em uma olaria em Serafina Corêa, lá não era nada fácil, não era bem uma casa, só tinha 4 palanques plantados no chão e o teto era muito ruim, era todo aberto dos lados, quando chovia nós tíamos que ir na casa dos amigos de minha mãe.
No inverno é muito ruim, nós tínhamos poucas cobertas, assim dormíamos todos juntos e mesmo assim passávamos muito frio.
Depois de um tempo fomos morar em Bento Gonçalves, minha mãe alugou um puxadinha onde morávamos em 9 pessoas. A casa era muito pequena, tinhamos que dormir todos juntos, foi muito ruim.
Minha mãe, minha tia e meu tio trabalhavam para sustentar nós, muitas vezes não tivemos o que comer, era um pedacinho de pão para cada um, as vezes eles ficavam sem para dar para nós, assim não foram poucas as vezes que eles foram sem comer sem comer para o trabalho. Chegaram a ficar sem comer até dois dias.
Nesta terrí
Vou contar um pouco de minha vida.


Quando eu era pequeno, morávamos em uma olaria em Serafina Corêa, lá não era nada fácil, não era bem uma casa, só tinha 4 palanques plantados no chão e o teto era muito ruim, era todo aberto dos lados, quando chovia nós tíamos que ir na casa dos amigos de minha mãe.

 No inverno é muito ruim, nós tínhamos poucas cobertas, assim dormíamos todos juntos e mesmo assim passávamos muito frio.

Depois de um tempo fomos morar em Bento Gonçalves, minha mãe alugou um puxadinha onde morávamos em 9 pessoas. A casa era muito pequena, tinhamos que dormir todos juntos, foi muito ruim.

Minha mãe, minha tia e meu tio trabalhavam para sustentar nós, muitas vezes não tivemos o que comer, era um pedacinho de pão para cada um, as vezes eles ficavam sem para dar para nós, assim não foram poucas as vezes que eles
vel situação minha mãe teve que dar um jeito, assim, depois de um tempo minha mãe voltou para Serafina, fomos morar numa casa de madeira quase caindo, não tínhamos o que fazer. Então minha mãe conheceu um homem e os dois decidiram morar juntos, ele arranjou serviço em uma colônia então fomos morar lá.
A partir daí começamos a melhorar de vida, mas não era nada fácil, tinham que cuidar de uma terra muito grande em dois, eram 140 hectares de terra com muitas cabeças de gado. Tinham que tirar leite todos os dias, começavam as 7h e terminavam as 11h30mim, eram mais de 200 cabeças de gado, a vida para eles não era nada fácil. O dinheiro que eles ganhavam, ia só para o nosso sustento. Nos finais de semana, minha mãe carregava frango, ela sofria muito, meu padrasto cuidava das cabeças de gado, depois de um tempo fui crescendo e comecei a ajudar eles.
Nesta época conheci um casal que morava de baixo da minha casa, eles eram muito gente fina, teve um dia que fiquei na casa deles até de noite, eu tinha 10 anos, meus pais ficaram preocupados comigo e foram me procurar, eles me acharam na casa dos vizinhos, começarm a conversar e na hora de ir para casa eu não queria ir, comecei a chorar e eles me deixaram ali.
De manhã cedo fui para casa ajudar meus pais, mas quando chegou a noite fugi para lá de novo, quando vieram me buscar eu não quis ir novamente. Assim, com o tempo eu não queria mais ir para casa, queria só ficar ali com aquelas pessoas.
Até que chegou o dia minha mãe se desentendeu com o meu padrasto, eles se separaram e nós fomos morar em Bento com meus parentes, mas ficamos pouco tempo lá e viemos para Guaporé.
Nessa época o pai das minhas irmãs, e de meu irmão, vinha buscar eles todos os finais de semana para levá-los na colônia, ele também me levava. Teve um dia que era para mim ir para lá, mas foi o meu irmão e os meus dois primos, eu queria muito ir, mas minha mãe não deixou, ela teve que me segurar porque se não eu ia correr atrás do carro, naquela dia chorei muito.
Quando meus irmãos estavam voltando, na metade do caminho, o corsel estragou, daí o irmão do pai dos meus irmãos ligou para o irmão dele vir buscá-los de fusca. O caro tinha estourado o motor, então eles embacaram no fusca, andaram 100 metros e um ônibus bateu no carro, meus três irmãos faleceram, meu tio, o pai de meus irmãos também, meus dois primo se salvaram, meu primo fraturou a cabeça e minha prima moeu as duas pernas.
Quando veio a notícia que meus irmãoo falaceram eu não acreditei, entrei em desespero, pensei, perdi as pessoas que eu mais gostava. No outro dia nós fomos no inteiro e eu ainda não acreditava que meus irmãos tinham falecido, mas quando eu cheguei lá, daí sim eu acreditei, comesei a chorar muito.
Depois do acidente fiquei traumatizado, tive que ir em uma psicóloga por um ano e meio e mesmo assim eu não parava de pensar nos meus irmãos, queria muito eles, não parava de chorar, ficava dias sem comer nada, minha mãe sempre me falava que mais cedo ou mais tarde eu tinha que superar isso, tinha que aceitar, mas mesmo assim eu não tirava eles da cabeça.
Passado um tempo, fui esquecendo eles, comesei a pensar que com ou sem eles tinha que seguir em frente. Daí minha mãe se ajuntou com outra pessoa, ele era muito legal, ficaram casados um ano se separaram, os pais dele tiveram que ir embora por causa da doença que o filho dele tinha, o tratamento só era feito em São Paulo, ele não queria ir, queria ficar com nós, mas minha mãe falou para ele ir por que os pais dele já estavam velhos e ele concordou, tinha que cuidar deles.
Dois anos depois minha mãe esqueceu (não para sempre) e se ajuntou com outra pessoa, fomos morar em Caxias do sul, cuidar de terras e cabeças de gado, nesta época eu já estava com 13 anos, já sabia me virar um pouco, tinha que lavrar a terra com o trator, eu ainda era meio pequeno, mas mesmo assim eu tinha que lavrar para fazer a plantação.
Ficamos morando ali 1 ano, minha se desentendendeu com o marido e separou, voltamos para Guaporé, eu fui morar com meu avô na colônia em Vespasiano Corêa.
Ali também não foi fácil, tinha que fazer tudo, então fui embora dali, fui morar em outra colônia, minha mãe já estava com outra pessoa, fique morando um ano ali, daí minha mãe, o marido dela e eu fomos morar em Guaporé.
Hoje eu tenho 16 anos, trabalho com polimento, minha mae é encostada e meu padrasto trabalha de carregar frango. Estudo na Escola Alexandre Bacchi e sou meio fuliento na sala de aula. Atualmente namoro e espero que dure bastante tempo.
Para quem leu essa história e sonha eu digo, nunca deixe de sonhar, cedo ou tarde se a gente batalhar aos poucos tudo vai se realizar.

B.


A minha vida começa assim...
Quando minha avó soube que minha mãe estava grávida, mandou ela embora, quase tivemos que morar embaixo da ponte. Daí meu pai ajudou a minha mãe, eles ficaram morando junto com a minha tia I., que era a mais nojenta da família.
Com o tempo, meu pai conseguiu uma casa para nós morarmos, depois veio as minha irmãs, a M. e a E..
Nós ganhávamos tudo que nós queríamos, então chegou um tempo que meu pai e minha mãe só brigavam e nós chorávamos muito. Eles brigavam principalmente nos sábados e domingos quando meu pai saía e vinha estressado.
Daí minha mãe foi ao médico e descobriu que estava grávida novamente, era o E. H. que estava para vir. Assim, meu pai ficou feliz por algum tempo, mas depois de alguns meses começou tudo de novo.
Em um domingo, meu pai foi para o Primeiro de Maio e ficou com uma putinha, daí minha mãe ficou sabendo e trancou a porta, quando ele chegou estava podre de bêbado, não conseguia nem ficar em pé, então ele deu um chutão na porta, onde a minha mãe estava segurando, quando ele entrou deu um soco na cara dela, enquanto isso a gente chorava e mandava ele parar de bater nela.
As minhas duas irmãs ficaram na sala de casa, enquanto minha mãe correu para o quarto, ele foi atrás, pegou ela pelo pescoço e deu dois tapas no rosto dela. Eu estava ali atrás dele vendo tudo, quando ele percebeu, ele soltou a minha mãe e se voltou para mim, me pegou pelo pescoço, me jogou em cima da cama, chegou a quebrar as madeiras, eu chorei muito.
Depois nasceu o E. e ele parou de bater na minha mãe, nossa família ficou feliz. Depois que o E. fez um ano nós fomos para um parque, ficamos dois dias, nadei muito na piscina.
Agora somos uma família feliz.





A.


Meu nome é A. C., vou contar um pouco da minha história de vida.
Morávamos meus pais, meu irmão e eu em Florianópolis. Meu pai usava drogas, vendia as coisas dentro de casa para usar, ele surrava meu irmão e eu, a gente não tinha nem o que comer, minha mãe não trabalhava, ficava em casa cuidando de nós que éramos pequenos, meu pai também não trabalhava, só queria saber de usar drogas.
Até que um dia minha mãe resolveu ir embora, aproveitou que ele tinha ido comprar drogas, arrumou nossas malas e fomos para Lajeado, na casa de uma amiga da minha mãe. Mas ali também não foi fácil, minha mãe saia para trabalhar e a mulher maltratava nós, deixava a gente até sem comida, então minha mãe resolveu vir para Guaporé.
Quando chegamos aqui, fomos morar na Vila Verde, sofremos muito ali também, minha mãe deixava de comprar roupas para ela, para comprar para nós, deixava até de comer para nos dar comida.
Até que chegou o dia que minha mãe decidiu pedir ajuda para a Assistência Social, assim deram uma casa para minha mãe, roupas e comida. Algum tempo depois, minha mãe encontrou um namorado e tudo aquilo que sofremos ficou no passado.
Hoje estamos muito bem, graças a Deus, minha mãe é casada e nós não sofremos mais como antes. Eu também tenho um namorado que amo muito e que não troco por nada nesta vida.
Essa é a minha história de vida, tudo que sofri já passou e agora sigo em frente de cabeça erguida e feliz.


L.K.

Bom! Meu nome é L. K., tenho 14 anos e moro em Guaporé. A minha história de vida não teve tantas emoções como eu gostaria que tivesse, mas vamos lá!
Antes de eu nascer eu tinha um irmão chamado A., ele faleceu com 2 anos de idade, no ano de 1998, quando eu estava prestes a nascer. Ele morreu devido a um câncer nos pulmões, ele ia nos médicos do hospital público e eles diziam que era uma infecção na garganta. Esta situação durou alguns meses, até que minha mãe pegou um médico particular e diagnosticaram câncer.
Ele chegou a começar o tratamento (quimioterapia), mas era tarde de mais, o câncer já tinha criado raízes devido a demora na descoberta do tumor. De tão enraizado começou até a sair pela boca, foi então que ele acabou falecendo.
Minha mãe sofreu muito, e sofreu sozinha, pois o pai do meu irmão havia deixado eles para ficar com outra mulher.
Bom, aí começa minha vida! Nasci no ano de 1999, seis meses após a morte do meu irmão. Minha mãe estava muito traumatizada com o acontecido. Eu nasci de uma outra relação da minha mãe, por isso não conheço meu pai, já vi ele por fotos, mas acho que ele nem sabe que eu existo. Sempre tive vontade de conhecer ele, mas ele nunca tentou contato nem nada.
Minha mãe não fala muito nele, sempre que tento falar sobre o assunto ela me corta e diz que homem que é homem não abandona um filho.
Sempre carrego uma coisa comigo, tudo que eu não tive da parte de meu pai vou tentar dar para os meus filhos, não falo em bens materiais, mas amor, carinho, coisas que só um pai pode dar.
Eu sei o quanto é ruim não conhecer o pai da gente, por isso nunca aceitei, me tornei uma criança meio louca, mas hoje não dou muita bola para esta questão.
No entanto, posso dizer que minha infância foi muito boa, jogava muita bola e brincava na rua. Agora não brinco mais na rua como antigamente, gosto de sair a noite com meus dois irmãos mias velhos, o L. e o D. e com meus amigos, gosto de fazer folia por aí.
Enfim, esse sou eu, sem muitas emoções, mas foda-se!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

P.

Nasci em Novo Hamburgo, dia 24 de agosto de 1999. Minha vida toda foi normal, igual a de qualquer um.
Teve uma época em meu bisavô por parte de mãe morreu, foi um choque. Depois de alguns meses minha bisavó por parte de pai também morreu.
Em outubro de 2011 minha mãe fez uma cirugia de redução de estômago, ela era professora, passava mais tempo na escola do que em casa, mas para mim era uma beleza, eu estudava nas mesmas escolas que ela dava aula, então era tranquilo para mim. Durante alguns anos eu estudava de manhã e ficava a tarde toda com ela na escola, eu adorava ajudar a cuidar das turmas.
Mas voltando ao assunto, minha mãe fez uma cirugia e no ano seguinte ela começou a ter complicaçoes, o médico tinha grampeado de mais o estômago dela, assim nada parava lá dentro. Ela passava mais tempo no hospital do que em casa.
Um dia minha avó por parte de pai começou a ter complicaçoes, ninguem me dizia nada, então um dia meu avô levou ela para Porto Alegre para consultar, dois dias depois ela foi para o pior hospital da minha cidade, era de noite, uma sexta-feira.
Lembro que minha mãe levou eu e a minhas duas irmãs e meu cunhado para casa e ela voltou para o hospital, minhas duas irmãs e meu cunhado dormiram, eu não dormir, às 23h minha tia bateu na porta do meu tio e eu escutei, logo depois eu ouvi minha mãe nos chamando para dar a notícia que a minha avó tinha falecido. Aquela noite foi muito ruim para todos nós.
Três meses depois, minha mãe baixou o hosital por que ela não estava bem, nada parava no estômago dela, ela estava sempre vomitando, ela ficou baixada e durante um tempo, meu pai estava começando a fazer a carteira de motorista, assim não tinha ninguém para ficar lá com ela, então eu me ofereci, porque minha irmã mais velha cobrou R$50,00 do meu pai para cuidar da minha mãe. Eu fiquei uma semana lá, dia e noite cuidando de minha mãe.
Hoje tenho orgulho de dizer que cuidei da minha mãe, passei bons e os maus momento com ela.
No dia 17 de agosto de 2013 eu estava passando uns dias lá na minha tia e de tarde meu pai ligou lá do hospital para dizer para minha tia que a minha mãe tinha ido para a UTI, o caso era grave, lembro que minha tia me chamo e disse chorando que a minha mãe estava na UTI.
No outro dia meu pai ficou de vir me buscar para ir ver ela no hospital, porque o médico disse que ela não iria passar daquela noite, mas ele não conseguiu, não tinha mais ônibus.
No dia seguinte meu pai veio me buscar, para ir ver ela, era um dia chuvosos, passamos em casa para pegar a minha irmã só que ela já não estava.
Quando cheguei lá os melhores amigos da minha mãe e meu avô estavam lá. Quando entrei e vi minha mãe cheia daqueles tubos e de olhos fechados de tanto chora eu só consegui dizer uma coisa, "MÃE EU TE AMO", foi muito ruim para mim e para minha irmã menor, lembro que quando eu disse aquilo, deitei no braço dela. Eu não conseguia me conformar que ela iria nos deixar, depois meu pai me levou para casa da minha tia de novo porque ele iria ficar na casa da minha outra tia, já que era perto da funerária.
Neste dia a tia tinha um café na igreja e a outra tia foi junto, nem 5 minutos depois elas voltaram com a cara fechada, até que uma delas me chamou e disse que a mãe tinha morrido, eu não me aguentei. Logo depois chegou a minha irmã mais velha trazendo a minha irmã mais nova, porque ela iria buscar a minha avó por parte de mãe.
A meioa noite nós fomos para a funerária, cheguei junto com o corpo da minha mãe eu fiquei a noite toda lá do lado dela, a minha irmãzinha que na época tinha 4 anos, conseguia entender tudo oque estava acontecendo, ali alguns minutos depois minha irmã mais velha chegou com a minha avó, meu cunhado e meu avô.
Fiquei muito tempo abraçada com a minha irmã, ela agora para mim é como se fosse uma 2º mãe, ela se preucupa comigo, minha tia não deixou eu ficar a noite toda lá, dai eu fui dormir. Quando acordei de manhã, parecia que eu tinha tido um pesadelo, então perguntei para minha tia se era verdade, infelizmente era. Meu tio veio buscar a gente de manhã, aquele dia foi o pior da minha vida, até hoje eu penso que não é verdade, fico me perguntando porque isso comigo.
No entanto a vida continuou, quatro meses depois meu pai arrumo outra mulher, uma lá de Goiás. Nem quero entrar em detalhes, mas no começo todo mundo achava que ela era boazinha, legal, que não tinha nenhum problema na cabeça, mas nós estávamos enganados, ela foi e voltou 3 vezes, diz que vai embora e nunca vai. Uma vez ela foi por minha causa, mas ela acabou voltando, eu e ela brigamos mais que duas irmãs, agora ela foi cuidar da mãe dela e voltou, achei que ela tinha melhorado mas me enganei.

Nestes últimos dias ela me pegou pelo braço e me chamou de vagabunda, eu e ela não nos damos nem oi e nem tchau, nem nos falamos, mas vou levando a vida.

Está aí um pouco da minha História.


A.


Oi! Meu nome é A., tenho 19 anos e moro no Lar Esperança, estudo na Escola Alexandre Bacchi e estou no 8º ano.
Bom! Minha vida era muito triste por que eu não conheci meus pais, mas gosto muito da vida no lar, ali esqueço um pouco o meu sofrimento.
Todas as noites me pergunto por que será que minha mãe não me quis? Por que ela me abandonou? Por que ela não quis me conhecer? Porque ela não vem me ver?... Assim choro quando vejo as pessoas com suas famílias e eu sem.
No lar não estou sozinha, tenho as minhas amigas, elas me deixam feliz, me fazem dar risada, fazem eu esquecer a tristeza de não ter conhecido meus pais.
Hoje eu considero o tio e a tia do lar como meus pais e as meninas como minhas irmãs
Um dia a tia do lar me chamou e disse que tinha um casal que queria me conhecer, daí eu fui e quando eles me disseram que eram meus pais eu fiquei muito feliz. Agora eu vou ir na casa deles para conhecer os meus irmãos, por isso estou muito feliz.  

R.

Bom, a minha história começa assim...
Em Guaporé, no dia 21 de setembro de 2001 minha mãe ficou grávida de novo, a L. nasceu no dia 24 de agosto de 2002.
Depois fomos morar em Dois Lajeados, lá tinha um moinho e meu pai trabalhava com meu avô, saia de manhã cedo e voltava de noite as 19h.
Nessa época eu chupava bico e sempre mordia ele, daí meu pai tinha que ir todos os dias comprar um bico para mim e para a minha irmã. Um dia meu pai se irritou, pegou os dois bicos e jogou no fogo, depois deste dia nunca mais chupamos bico.
Quando eu tinha 3 anos e a minha irmã tinha 2, a mãe fazia a gente arruma as nossas camas, se a gente não arrumasse como ela queria, ela batia em nós.
Alguns meses depois meus pais se separaram e nós ficamos morando com a minha mãe até que um dia nosso pai nos encontrou em uma sorveteria com a minha tia de Florianópolis, daí ele pediu se a gente queria ir com ele e a gente foi. Eu e a L. fomos com o nosso pai lá na minha avó.
Com 7 anos eu ia para a escola, ia de ônibus, nós morávamos em um porão. Tempos depois nossa mãe queria ver nós e o meu pai não deixou, era de noite e nós fomos lá no meu tio em Três Pinheiros, depois voltamos para Dois Lajeados.
Com o tempo meu pai arrumou outra mulher, dois anos depois nós viemos morara em Guaporé. Aqui eu não conhecia nada, então meu pai me matriculou na escola Alexandre Bacchi, agora já fazem três anos que moramos aqui.
Antes a gente morava em uma casa de aluguel, depois fomos morar com a minha madrasta. As vezes eu e a minha irmã brigamos. Meu pai trabalha no mato com o meu tio, meu tio é aposentado, só faz serviços em casa. Eu e minha irmã trabalhamos com joias. Atualmente tenho 12 anos, estou no 6º ano e esta é a minha história de vida.

J.


Aproveitei muito a minha infância e continuo aproveitando até hoje, gosto muito de ficar com os meus amigos e também adoro jogar bola.
A minha família é muito legal, gosto quando a gente se reúne para fazer festas e passeios.
A pior tristeza da minha vida aconteceu quando eu perdi o meu avô, nunca vou esquecer, ficou marcado no meu pensamento.
A minha vida escolar é boa, ali cada dia conheço mais amigos.
A maior alegria da minha vida foi quando eu conheci meu melhor amigo, eu não o comprei, o conquistei.
Meu maior sonho é poder ajudar os meus pais e fazê-los felizes.


C.


Tudo para ser feliz.

Meu nome é C. K., vou contar um pouco da minha história.

Um dia eu pensei que pudesse mudar a minha vida, acreditei que eu mesma poderia me ajudar e melhorar a minha vida, bastava eu me convencer. Consegui!

Saí de uma vida de tristeza onde tudo me parecia solidão, tive confiança em Deus e na minha própria mente e percebi que era hora de acordar para a realidade, sofri, tentei mudar e acabei salvando uma vida, mesmo colocando a minha vida em risco.

Tudo aconteceu no dia 17-12-2008, salvei a minha vida e a de uma criança. Naquela tarde estava vindo um carro em alta velocidade, estávamos eu e uma criança de uns 2 anos, corri e  salvei a criança do atropelamento, lembro que a abracei forte e nem tinha percebido que havia feito um corte enorme na minha perna.

Assim, tive que ir as presas para o hospital, fiz 15 pontos na perna e ganhei uma enorme cicatriz, mas valeu a pena por que salvei a vida de uma criança.

Depois que tirei os pontos fiquei um bom tempo sem usar roupas curtas, tinha vergonha da minha perna, mas no fundo me sentia orgulhosa, pois sabia que tinha salvo uma criança.

Hoje acredito que devo a minha vida a esta criança, já que ela me fez ser uma pessoa melhor.   

L.


Meu nome é L., nasci na cidade de Passo Fundo, depois vim morar em Guaporé.
Quando eu era pequeno, eu brincava bastante com a M., minha irmã gêmea, a gente brincava de pega-pega, de esconde-esconde, eu incomodava bastante.
Hoje meus pais estão separados, eu moro com a minha avó e com o meu pai, estudo na Escola Alexandre Bacchi e gosto muito da minha turma e das professoras, a gente incomoda um monte.
No futuro quero ter uma moto e não quero ter namorada, só quero ficar.

T.

Oi! Eu vou contar uma parte da minha vida, a parte mais triste que mexeu muito comigo.
Uma noite, quando eu estava dormindo, aconteceu um acidente horrível, o carro em que estava minha vizinha bateu quando estavam indo para Marau, chegou a passar na tv.
Quando fui para o velório chorei muito, percebi que tudo valeu a pena ao lado da minha amiga Jaque, fiquei lembrando de tudo que nós fizemos juntas e chorei ainda mais.
Para mim foi muito triste por que eu era muito amiga dela e perde-la perto do Natal não foi uma coisa muito boa, assim este foi o meu pior Natal, era um momento em que eu estava precisando muito dela, queria contar as coisas que estavam acontecendo comigo, queria brincar com ela, fazer festas...
Mas a vida continua, sei que ela está perto de nós cuidando de todos que a amam.

T.


Eu sou T. D., vou contar uma história que eu queria contar...

Quando eu tinha 3 anos e meu irmão tinha 2 anos, era dia das mães e meu pai e minha mãe estavam juntos, eles não estavam um casal 100% porque ele bebia e brigava com ela. Nesta época, meu pai não comprava mais nada para dentro de casa, só bebia, então um dia eu, minha mãe, meu irmão e meu pai fomos para casa da minha outra avó, eu não que gostava dela.

Neste dia minha mãe fez minha irmã dormir e eu não queria dormir, eles começaram a beber e beber, daí meu pai discutiu com a minha mãe, ele deu um tapa na cara dela, eu vi ela deitada no chão, eu vi tudo acontecer, ela ficou desmaiada no chão, então a irmã dele pegou a minha mãe e batia com a mão dela na parede e o irmão do meu pai batia a cabeça dela.

Eu chorava, a cabeça dela estava no chão, no sol quente, eu chorava perto dela, chamando ela, dai veio um menino chamar ela e eles não deixavam o menino ir lá, então o menino chegou na casa do meu tio e falou que a minha mãe estava no chão e eu tava chorando e pedindo para ela acordar.

Assim, meus tios chegaram e pediram da minha mãe e meu pai falou que eles não iam pegar ela, nessa hora a minha mãe estava quase morta, eles não queriam deixar ela ir, daí meu tio pegou minha mãe no colo e levou ela para a casa, e a minha avó me levou para casa com ela.

Minha mãe estava muito mal, eu pensava que ela estava dormindo, levaram ela para o hospital, e ela voltou para casa só um mês depois com uma faixa na cabeça, eu comecei a chorar, não queria mais a minha mãe, daí ela me pegou no colo.

Depois eu tive que ir no fórum dar depoimento por que a única pessoa que viu tudo fui eu. Depois que eu fui lá e falei com o promotor, meu pai foi preso, ele disse que eu era uma vergonha para ele e que eu não era mias filha dele, disse também que só amava o meu irmão por que eu tinha colocado ele na cadeia.

Até hoje eu choro no dia dos pais, por que não tenho pai, mas não me arrependo de nada que eu fiz, ele quase matou a minha mãe, por isso faria tudo de novo, só para ver ela feliz.

Não faz muito tempo que ela fez uma cirurgia na cabeça, agora esla está bem e eu agradeço a DEUS todos os dias, foi por pouco que ela não morreu de novo.

Hoje só tenho uma coisa a dizer: TE AMO MÃE!


domingo, 5 de janeiro de 2014

K.

Na minha infância eu era muito feliz, minha familia era muito unida. O tempo foi passando e meu pai começou a brigar, ele saia muito e deixava nós em casa, com isso eu sofria muito.
Até que um dia minha mãe começou a chorar, eu fiquei pensativa, então eu e minha irmã perguntamos para ela o que estava acontecendo, e ela respondeu que ia se separar de nosso pai por que ele estava bebendo muito e estava muito agressivo. Enfim, eu e minha irmã ficamos do lado dela.
Hoje meus pais são separados mas são amigos, nós somos felizes, não totalmente felizes, mas melhorou muito. Sou uma garota Feliz! Beijos!

R.


Minha história começa assim...

Quando eu nasci, nasci com vários problemas, quase morri, se não fosse minha avó pedir a DEUS por mim, eu teria marido.

Os meses se passaram e eu fiz um ano de idade, conheci o E., que agora é meu melhor amigo. Anos depois conheci o L., dai eu, o E. e o L andávamos sempre juntos.

Passou um tempo que era ruim estudar, mas mesmo assim continuei na escola. Foi nessa escola que conheci vários professores que me ajudam um monte.

Mais tarde tive que sofrer de novo, meu pai foi preso, e eu chorei muito.

Foi no 6º ano que conheci uma professora muito legal que adorava seus alunos, a CÍNTIA LAMONATTO, ela é a melhor professora dessa escola, por que ela entende os sentimentos dos outros.

AGORA ESTOU VIVO E MUITO FELIZ.

E.


Olá! Meu nome é E. da L. B.

Minha vida começou em 18/11/2001 quando eu nasci é claro.

Morava com minha mãe e meu padrasto em Nova Alvorada, uma cidadezinha bem pequena, meu padrasto? Eu o odiava, ele brigava muito com minha mãe um dia eu briguei com ele e queria vir para Guaporé com meu pai um final de semana, assim eu vim passar uns dias com meu pai, eu gostava muito de meu pai e ainda gosto claro. Lembro que naquele dia ele me perguntou quando eu iria morar com ele, então eu prometi que faria isso quando tivesse 7 anos, naquela época eu deveria ter uns 5 anos, não lembro direito.

Quando eu fiz 7 anos minha mãe faleceu, fazia dias que ela estava no hospital, mas naquela manhã ela partiu. Nossa! Aquele dia em chorei muito.

Depois eu fui dormir na minha Dinda em Arvorezinha e naquela madrugada meu pai ficou sabendo que minha mãe tinha falecido, então o primeiro lugar que ele foi me procurar foi na minha Dinda, ele sabia que era o único lugar que eu poderia estar.

Lembro que meu pai bateu na porta e meu padrinho levantou e abriu, ele entrou e os dois ficaram conversando, meu pai disse que queria me levar com ele, e que eu queria ir.

Enfim, ele me levo com ele, chegamos em Guaporé de madrugada, umas 4 horas mais ou menos, lembro que fiquei na sala, não dormi.

Quando eu cheguei em Guaporé não conhecia ninguém, nem um amigo, nada, daí meu pai me matriculou no Alexandre Bacchi, lá reecontrei com um velho amigo de infância, a gente morava no lado um do outro, o Jeder Chagas. Fou nesta escola que fiz meus melhores amigos, o Willian Chagas, o Jeder Chagas, o Robson Figueira e o Vinícius Martins.

Hoje estou aí, feliz! Abraços.


C.


Oi! Meu nome é C. tenho 15 anos e nasci no dia 28-11-1997 no hospital Manuel Francisco Guerreiro .

Quando eu nasci minha mãe teve uma grande surpresa, nasci com um problema nos dois pés, minha mãe e meu pai ficaram assustados, achavam que eu nunca iria caminhar.

Dois anos se passaram e eu fui operada, fiqeui 8 meses usando gesso, meu pai trabalhava muito fora e minha mãe me levava a Passo Fundo toda semana, mas nada disso adiantou, os médicos deformaram meus pés, eles não são igual aos dos outros, tem um que ainda me doi, as vezes tenho vergonha, pois as pessoas ficam olhando.

Atualmente moro com minha irmã que tem 25 anos, minhas duas sobrinhas, uma tem 13 anos e outra tem 18, com meu meu irmão de 28 anos e minha mãe, meu pai não mora comigo, mas está sempre presente na minha vida.

Nada disso me impede de ser feliz, acredito que um dia sem sorrir pra mim não vale nada.

J.


Minha historia de vida teve momento bons e ruins.

Quando eu era pequena amava um menino que se chamava Alisson, todos os dias elechegava da escola e ia lá comigo, mas ele teve que ir embora. Hoje ele tem 23 anos e eu não me lembro mais dele.

Hoje tenho 13 anos e perdi meu avô que eu amava e amo muito, foi muito difícil para toda minha família, lembro que enquanto que o meu avô estava lá com nós, eu brincava e tudo, mas quando levaram ele para enterrar eu não consegui fazer mais nada. Depois perdi outro membro da família.

A minha avó Amélia não foi no velório, ela só ficou lá até nós chegamos e depois ela foi para casa. Fiquei 24 horas acordada sem comer, nem beber, a única coisa que eu queria era que meu avô voltasse, mas isso é impossível. Voltando para casa houve um acidente de moto, com a velocidade chegou arrancar a perna do acidentado, foi muito horrível.

G.

Meu nome é G.H.R.O, tenho 14 anos, minha irmã mais velha a L. é histérica, a A. que nasceu depois que eu, é gritona e a Y., a mais nova, é desiquilibrada, mas a pior é a minha mãe, ela tem tudo o que elas têm e ainda tem uma dose caprichada de loucura. Então imagina como é a minha vida!

T.

Quando eu era criança minha mãe foi presa, como eu ainda não sabia o que era isso eu achava que era brincadeira, depois eu percebi que aquilo era muito grave, comecei a sentir muita saudade da minha mãe. Assim, tive que ficar com o meu pai e tive uma vida quase feliz, por que eu só brigava com o meu pai.
Quando eu brigava eu sumia de casa, ficava 3 a 4 dias sem voltar, ficava atrás de casa na minha vizinha e voltava só quando ele não estava.
Quando eu tocava no assunto de ver a minha mãe e a minha irmã, meu pai sempre achavauma desculpa para não me deixar ir ver elas.
Até que um dia ele foi viajar e eu aproveitei ir para a casa da minha mãe, depois eu voltei como se nada tivesse acontecido.
Depois de um tempo eu fui morar com minha avó então comecei estudar no ciep e quando tudo isso acabar, eu vou voltar para Bento Gonçalves morar com a minia mãe.


J.

Quando eu nasci pesava 1k900g, faltava sete dias para completar os nove meses.
Comecei a estudar na escola Alecio Guarnieri, estudei lá por doze anos.
Antes de eu fazer cinco anos eu era muito mexerico, uma vez eu mechi em uma espingarda e ela disparou em minha mão, ainda que não fez quase nada, só criou um dedo meio redondo e uma cicatriz no meio dos dedos.
Quando eu completei sete anos eu machuquei o joelho esquerdo, destronquei. Quando eu fiz doze anos eu destronquei o dedão da mão.
Com treze anos e sete meses viemos morar para Guaporé. Nos viemos de carro caminhonete, daí deu problema no filtro da caminhonete e o pai deu uma carrona até aonde que nos estamos morando hoje.
Se passou um ano e a nossa mãe teve um ataque do coração, ela morreu daí mãe nós fomos para a colônia e no outro dia, enterramos, teve o velório, a missa e depois no enterro.
Minha mãe tinha o nome de A. e nós amávamos tanto mas tanto ela, e ela acabou
indo tão cedo, ela tinha trinta e um anos.
Hoje eu estudando na escola Alexandre Bacchi, estou no 6º ano e tento com vontade passar de ano por que a minha mãe ficaria muito feliz com isso.
Estamos muito tristes que a nossa mãe morreu.

T.


Meu nome é T. e vou contar minha história.

Quando eu nasci fui parar na UTI, quase morri, fizeram tudo o que era preciso mas não conseguiram resolver meu problema, assim tive que viajar para outro lugar. Durante a viagem passei muito mal cheguei a desmaiar. Contamque quando eu cheguei lá o doutor disse para os meus pais que ia tentar fazer algum coisa, mas não garantia nada. Depois de um baita sufoco, acabou tudo bem.

Quando eu fiz 2 meses estava bem melhor, mas daí a minha avó me deu banho gelado e voltei para a UTI, desta vez fiquei 13 dias. Meus pais tiveram que dormir nos bancos do hospital para estar lá cuidando de mim. Quando sai de lá foi uma grande alegria para a minha família.

O tempo passou e eu fui crescendo. Aos 6 anos eu fiz uma viagem muito legal, para Bento Gonçalves.

Aos 9 anos arrumei amigas na escola, foi muito legal só que com o tempo fui brigando com algumas. Com 10 anos conheci minha prima e me diverti muito com ela, mas depois ela acabou indo embora e sobrou isso, algumas amigas.

Quando estava com 11 anos, a minha melhor amiga foi embora e eu chorei muito, fiquei solitária de mais e agora tenho poucas amigas e sinto muita saudade dela.

Já Fazem 2 anos que ela foi embora, estou tentando me acostumar sem ela, nós nos divertíamos bastante.

Atualmente tenho bastante amigos e todo final de semana vou para lá, então fica tudo legal.

W.

Oi meu nome é W. G. E. G.Eu nasci em 24\01\2002, tenho 11 anos, meus pais se chamam L. G. e R. E. G.
Quando eu tinha 8 meses a bolsa da minha mãe estourou. Neste dia o meu pai tinha ido jogar bola, então o meu tio levou a minha mãe para o Hospital, tinha que ficar alguma pessoa junto com ela daí ficou a minha prima K. G. Assim eu nasci e fui crescendo.
O tempo passou e chegou o dia que eu ganhei a minha primeira bicicleta, eu não parava de cair, mas até que foi legal cair, fui aprendendo.
Até que chegou melhor dia de todos, fui nas piscinas do Bassani com toda a minha família inteira.
Passaram-se alguns meses e até chegou o pior dia da minha vida, minha prima faleceu em um acidente de carro, ela e mais uma guria morreram, os dois homens sobreviveram. Foi muito ruim perder alguém da família.
Com o tempo meus dias foram ficando mais legais e hoje estou muito feliz por que aceitei Jesus como meu salvador.
Muito obrigada por lerem a minha história de vida.