domingo, 26 de agosto de 2012









Diego


Quando eu era pequeno passei por momentos ruins. Teve dias que nós só comia arroz e feijão.
Meu pai é um guerreiro, sempre fazia de tudo para conseguir comida para nós, ele trabalhou dês de pequeno, até os 73 anos. Às vezes meu pai caçava pombas para a gente ter carne para comer. Depois meu pai se aposentou e a minha seguiu trabalhando, até que veio o maldito câncer de mama, daí ela virou dona de casa e agora faz tricô e crochê para ganhar dinheiro, Além disso, ela ganha um abono salarial porque ela está encostada.
Em 2007 foi a vez da minha irmã, ela teve uma doença, uma tal de isquemia transitória, chegou a ficar internada por 47 dias no Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre. Nesse período eu e meus irmãos tivemos que ficar em casa, por que minha mãe foi junto com minha irmã.
Enquanto isso, meu pai ia trabalha, só vinha no final de semana. Depois que meu pai conseguiu esse serviço, no segundo dia, eu fui mordido por um cachorro da raça Rotivailer, levei 46 pontos na cabeça e no braço. Lembro que não queria contar para minha mãe que estava no hospital por que eu sabia que ela ia passar mal, mas daí minha irmã contou e minha mãe desmaiou.
Dois dias depois minha mãe veio para casa com minha irmã, elas deram muito carinho á todos nós, inclusive minha mãe me deu uma festa de aniversário bem bonita.
Quando parecia que as coisas estavam se endireitando, meu padrinho que considerava como avô morreu, isso pesou muito para mim, sentia um aperto por dentro, uma saudade enorme.
O tempo passou e as coisas começaram a melhorar de novo, ganhei um terneiro do meu pai, um cavalo e uma égua.
Em 2006 nasceu meu sobrinho, o Christiam, fiquei muito feliz. Em 2010 nasceu meu outro sobrinho o Chistoffer. Agora já tenho vários sobrinhos, uns 10.
Tempos depois queimei meu pé, mas melhorei.
Agora que estou ficando grande, meus dindos não me dão mais bola, nem se quer um oi, mas eu tenho outros dois dindos que me deram até uma bike nova.
Durante a minha vida conheci muitas pessoas, principalmente nas viagens que fiz.
Em 2010 comecei a jogar em uma escolhinha de futsal, os treinadores eram como irmãos para mim.
Em 2012 viemos morar em Guaporé, aqui minha adolescência está sendo muito boa, conheci uma menina que amo até hoje. Dei o meu primeiro beijo com 10 anos.
Minha mãe disse que eu sou muito carinhoso, é a minha maior característica.
O fato mais marcante da minha vida foi a superação do câncer da minha mãe.
Quanto a minha vida escolar, estou bem nas notas, sou brigão e muito popular também. Conheci um amigo do peito na escola que estudava em Taquari, o João Pedro.
Convivo muito bem com a minha família, cheio de amor.
Meu sonho é poder dar uma vida melhor para os meus pais e para o futuro quero um mundo melhor, sem poluição, também quero ser jogador de futebol.
Meus pais são a razão do meu viver.

J.


Eu sou a J. e tenho 12 anos.
Minha infância foi meio triste e um pouco feliz. Uma grande tristeza para mim foi quando meu avô morreu.
Minha mãe ficou muito feliz quando eu comecei a falar e eu fiquei muito feliz quando meu irmão nasceu bem no dia do meu aniversário, foi um presentão.
Quando comecei a ir para a escola também foi bastante importante para mim, entrei na Escola Alexandre Bacchi e fiz muitos amigos.
Atualmente estou na adolescência, está meio complicado, mas é legal, me sinto feliz. Moro com meus pais e meus 5 irmãos, somos unidos, mas tem brigas. Minha irmã é a minha melhor amiga.
Sou uma menina bonita, feliz, preguiçosa, carinhosa  e apaixonada.
Quando crescer sonho em ser cantora, formar uma família e ser feliz.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012





V.


Meu nome é V. nasci no dia 05 de agosto de 2000 na cidade de Marau.
Tive uma infância muito legal, não conheci meu pai, mas hoje tenho um padrasto que vale como um pai, ele me criou dês do primeiro mês.
Morei em Marau até meus 5 anos, eu acho, morávamos eu, meus 4 irmãos , meu pai e minha mãe.
Eu e meus amigos sempre aprontávamos muito, lembro que íamos no bar da esquina e apagávamos a luz e saíamos correndo.
Na primeira vez que viemos morar para Guaporé, meu avô de Marau estava mal no hospital, daí minha família voltou para minha mãe tentar ajudar ele, mas não conseguiu, ele acabou falecendo, então tivemos que nos mudar de novo, voltamos para Guaporé, já era 2009.
Então comecei a estudar na escola Alexandre Bacchi, onde fiz muitos amigos, no começo eu era um bom aluno, depois fui para o turno da manhã e comecei a incomodar, assim acabei rodando na 5º série.
Nossa família estava muito bem, até que um dia, minha irmã mais velha decidiu sair de casa, sem a permissão da minha mãe, depois minha mãe permitiu que a minha outra irmã fosse visitar ela, então a minha outra irmã acabou ficando por lá também, em Marau, já fazem 3 anos, ás vezes a gente vai visitar elas.
No começo do ano o juiz permitiu que a gente fosse visitar elas, eu fiquei triste quando elas foram embora, sentia muita falta delas, ficamos 2 anos sem nos ver, mas agora as coisas estão melhores.
Atualmente moro com meus pais e meus dois irmãos, somos uma família muito feliz, mas a única coisa que faltaria era nossas irmãs de volta.
Sou um menino inteligente mas muito agitado, atualmente estou  no 6º ano da Escola Alexandre Bacchi, de tarde frequento a Horta Comunitária Bruno José Campos, local onde tenho muitos amigos, tenho três professoras muito legais, mas a melhor de todas é a profe Cíntia Lamonatto. Tem também a cozinheira, ela é fantástica, faz um ótimo rango.
Para o futuro espero ver toda minha família unida e feliz.

T.


Nasci no ano de 2000, neste ano meu avô morreu, poucos anos depois morreu a minha avó.
Quando eu nasci, minha mãe já tinha 2 filhos G. e a T., quando fiz três anos minha mãe engravidou, nasceu a A. Minha mãe ficou muito feliz por que ela nasceu no dia do meu aniversário. Teve um aniversário que a gente foi viaja para Bento Gonçalves e ficamos uma semana.
Tempos depois minha mãe engravidou de novo nasceu o Isaias, quando ele tinha 7 anos ele foi para um campeonato de vôlei e ganhou uma medalha de bronze, isso foi um orgulho para nós. Eu também sou muito boa no vôlei.
Depois veio a minha irmã mais nova a L., ela nasceu bem no dia do Natal, hoje ela tem 4 anos e já sabe andar de patins.
Antes de vir para cá, nós morávamos em Bento Gonçalves, eu tinha uns dois anos quando vim para cá.
Com 5 anos comecei a estudar na Escola Bandeirante, fiquei ali um ano e meio depois passei para a escola Alexandre Bacchi, estava na quarta série e gostava muito de vir para a escola.
Atualmente moramos todos juntos, meu pai trabalha fora e vem nos finais de semana, nossa família é unida, meu irmão já trabalha, como a minha mãe e meu pai.
Estou no 6º ano, adoro estudar aqui, tenho várias amigas.
Uma coisa que me deixou triste foi quando minha avó morreu.
No futuro quero ser policial e ser muito feliz.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012





B.


No dia 13 de abril de 2000 eu B. nasci, uma menina linda, com três quilos, foi o dia mais feliz da vida da minha mãe.
Tive uma infância tranquila, sempre muito amada por todos, mas muito sapeca, adorava ir passear de carro.
Fico triste quando estou magoada com alguém e também quando brigo com minha mãe, mas o dia mais triste da minha vida foi quando perdi a minha prima.
Gostava muito quando eu e minha família passávamos os finas de semana nas piscinas do Bassani.
Espero ter uma adolescência bem tranquila, ter cabeça, cuidar com quem ando, estudar e ser alguém, saber amar e ser amada, respeitar e ser respeitada, valorizar e ser valorizada. Quero estudar, fazer faculdade, encontrar um bom emprego e ser alguém na vida, também quero encontrar alguém especial que goste de mim do jeito que eu sou.
Sou uma menina linda, inteligente, sapeca, teimosa, caprichosa e muito feliz. Quanto a minha família, posso dizer que são tudo para mim, estão em primeiro lugar.
Sonho em ter uma casa linda, com um quarto só para mim.
Sou uma pessoa muito feliz, sou amada por todos e agradeço a Deus por tudo, espero tem um futuro cada vez melhor.

Tyana


Me chamo Tyana B. E. D., esse nome foi meu avô que me deu, era para mim me chamar Dirian Hellen, mas como minha mãe ficou muito mal quando foi me ganhar, nasci no dia 23 de janeiro de 1996, neste dia minha mãe quase morreu.
Eu não moro com meu pai, minha mãe conta que quando meu pai ficou sabendo que ela estava grávida ele não quis mais saber dela e muito menos de mim. Assim, minha mãe não queria que meu pai me conhecesse, se não fosse minha tia, ele não teria me conhecido e nem saberia que eu era filha dele.
Eu não gosto do meu pai por que ele e a família dele me rejeitaram, eles me odiaram desde que ficaram sabendo que eu era filha dele
Quando eu tinha 4 anos fui aia no casamento da minha prima, ela me escolheu porque gostava de mim ainda dentro da barriga da minha mãe, agora ela tem duas filhas e a mais nova se parece muito comigo, ela se chama L.
Com 11 anos me apaixonei por um garoto que se chama..., ma foi uma paixão bem rápida, quando percebi já estava apaixonado por outro garoto chamado O.. Atualmente ele está casado, mas eu continuo amando ele já fazem 4 anos., sou louca de amor por ele.
Quando eu tinha 14 anos comecei a namorar com o A. da Aceleração.
Uma coisa que me marcou muito foi uma viajem que fiz para Itajaí, Santa Catarina. Foi no dia 31 de janeiro de 2011, eu e meu primo M. saímos 7h da manhã de Guaporé  e chegamos as oito da noite lá.
Quando chegamos lá fomos para uma praia chamada em Atalaia, foi o melhor presente de 15 anos que minha mãe podia ter me dado. Amei! Ficamos lá vários dias com meus dindos, fomos no maior parque da América Latina, o Beto Carreiro World, foi muito legal, fomos em vários lugares e fomos novamente para a praia, para não esquecer.
Em 2012 é certo que vou ir para lá de novo, mas desta vez quero ir para ficar para sempre.

C.


Nasci no Hospital Manuel Francisco Guerreiro, no dia 22 de maio de 1995.
Quando eu nasci meu pai e minha mãe ficaram felizes, foi um dia bem calmo. Nasci de parto normal as 6h05mim, o tempo estava frio, na maternidade  haviam apenas médicos e enfermeiras.
Tenho orgulho de ser filha de A. e J.F., quando eu nasci minha mãe tinha 26 anos e meu pai 39.
Depois minha mãe se separou do meu pai, porque ele ficou com outra mulher quando eu tinha um mês de idade, mas mesmo assim fiquei feliz.



E.

Oi! Sou a E. tenho 12 anos e vou contar um pouco da minha história.
Tive uma infância meio triste meio feliz. A coisa mais triste que aconteceu na minha vida foi a separação dos meus pais e a morte da minha Bisavó, ela morreu no dia do aniversário da minha avó, ano passado.
Quanto as minhas alegrias, posso dizer que fiquei muito feliz quando comecei a caminhar e quando ganhei minha cachorrinha. Uma coisa que marcou muito a minha vida foi quando comecei a ir para a escola.
Agora estou na adolescência, está muito bom, só fico com alguns meninos, também nem quero namorar cedo.
Já me apaixonei por um menino de 14 anos, foi o ano passado, hoje ainda gosto um pouco dele, ele é muito lindo, acho que ele gosta um pouco de mim, mas eu nem dou bola.
Na escola posso dizer que não é muito bom nem muito ruim, as professoras são muito legais comigo.
Sou meio brava com a minha mãe, as vezes nem ela me aguenta, mas sou amorosa com minha família.
Sou magra, tenho cabelos castanhos meio claros, com um pouco de luzes, meus olhos são castanho escuros, gosto de me maquiar e de me arrumar bastante, acho que fico bonita. Minha mãe não gosta que eu me maquio, ela diz que vou envelhecer muito cedo, mas eu não acredito.
Gosto muito de ficar na net fofocando com minhas amigas, Orkut, MSN, faceboock... Também gosto de bater fotos com minhas amigas. Sonho em ser policial  ou talvez outra coisa qualquer que ainda vou descobrir, não agora por que quero estudar primeiro e aprender bastante, para depois ser alguma coisa na vida.
Do meu futuro eu ainda não sei, mas tenho certeza que serei uma pessoa muito feliz.

G.

Meu nome é G. e vou contar um pouco da minha história para vocês.
Quando nasci eu muito grande e gordo, nessa época fomos morar em Veranópolis, pois meu pai trabalhava lá. Eu gostava de morar lá, mas com o passar dos anos fiquei com saudades da minha família que morava em Guaporé, assim acabamos voltando e estamos aqui até hoje.
Aos 5 anos de idade tive minha primeira grande tristeza, minha avó morreu, eu fiquei muito triste, mas com o tempo consegui superar.
Quando estava com 8 anos meu pai abriu um mercado e assim seguimos levando nossa vida. 

V.

Meu nome é V., tenho 14 anos.
Nasci em 1996 e trouxe a felicidade para meus familiares.
Depois de 10 anos nasceu meu primeiro sobrinho, bem no dia do meu aniversário. Tempos depois a minha irmã resolveu morar em São Paulo e levou ele embora.
Em 2008 minha avó morreu, fiquei muito triste, 15 dias depois morreu meu dindo e um mês depois foi a vez do meu tio.
Nesse mesmo ano nasceu meu segundo sobrinho e em 2011 nasceu minha primeira sobrinha.
Até 2010 estudei na Escola Jairo Brum e agora estou no Alexandre Bacchi no grupo do Acelerando Saber.

domingo, 12 de agosto de 2012

O Painel do nosso Projeto iluminou a entrada da escola no mês de julho










E.C


Meu nome é E. C., nasci em 1994 no Hospital Manuel Franscisco Guerreiro.
Hoje tenho 16 anos e estudo na Escola Alexandre Ba cchi, não gosto, mas tenho que ir senão o Conselho vai em casa chamar, daí sabe como é né, só ladai.
Lá em casa só meu pai trabalha, mas ele segura as pontas. Minha mãe trabalhava no restaurante B., mas ela teve que sair para cuidar da sua saúde, ela tem diabete. Mas foi melhor ela ficr em casa, assim ela fica mais tempo com nós.
Pego o ônibus para ir para a escola às 12h45mim, chego na es cola às 13h25mim, lá eu fico até 17n20mim.
Quando chego da escola já vou para o computador, e lá eu fico até a hora da janta, daí eu janto e volto para o computador, minha mãe fica irritada, diz que eu não saio da frente do pc.
Bom! Agora vou falar um pouco da minha família. Tenho 5 irmãos, meu irmão mais velho tem 24 anos e se chama E, é meu irmão por parte de mãe. Meu outro irmão se chama J., ele tem 20 anos e tem uma pequena fábrica de lingerie. Tem também o A. que tem 22 anos e trabalha no Marin. A minha irmã mais nova é a L., ela tem 13 anos e estuda no Alexandre Bacchi também.
Somos uma família muito unida, os nossos problemas a gente resolve junto.
Meu pai trabalha no C. P., ele é muito dedicado no serviço dele e assim ele não deixa faltar nada para nós.
Deixa eu falar um pocuco mais de mim. Com 16 anos já me meti em várias siladas. Me envolvi com o tráfico de drogas, mas não se preocupem, eu não uso. Minha mãe disse para mim não me envolver com isso, mas eu mentia para ela que ia lá na minha tia, lá era a ladaia das drogas, assim eu saia de madrugada com o marido da minha tia para vender drogas e chegava só no outro dia. Ele me dava R$ 30,00 cada vez que eu ia com ele vemder as paradas, mas agora ele deu um tempo porque a polícia está no pé dele, então ele foi mora com a mãe dele e paro com isso e eu também.
Essa é a minha história de vida.

Ezequiel


Olá! Eu sou o Ezequiel.
Tive uma infância muito boa com meus pais, eles são muito legais.
Quando tinha só três anos, enfiei uma pedra dentro do nariz, tive que ir para o hospital, mas acabou tudo bem.
Quando nasceu meu primeiro irmão foi uma alegria para minha família.
Com quatro anos fomos morar em Novo Hamburgo, foi muito bom, tive um amigo muito lega.
Aos sete anos voltamos para Guaporé, daí comecei a estudar na Escola Alexandre Bacchi, conheci muitos colegas legais no 1º ano, no 2º ano gostei da professora, não consigo mais esquecer dela, ela era muito legal.
Quando estava com 10 anos perdi meu avô, foi muito triste para minha família.
Para o futuro sonho em ter uma vida boa, com um emprego legal e uma família querida.
Eu sou Ezequiel e essa é a minha vida.

C.


Meu nome é C., tenho 11 anos e vou contar um pouco da minha história para vocês.
Um dia estava brincando com minhas amigas enquanto meu pai estava conversando com seu amigo. Então tivemos a ideia de brincar de esconde-esconde, eu e amais duas amigas nos escondemos atrás do carro do meu pai, quando saímos correndo para bater eu passei por um fio de arame e me cortei, eu nem tinha percebido, só vi quando estava cheia de sangue, fiquei assustada e saí correndo para casa, quando cheguei lá minha mãe ficou apavorada, me pegou no colo e mandou minha irmã chamar meu pai para me levar no hospital.
Quando cheguei no hospital me levaram as pressa para o quarto fazer pontos, foi um dia muito triste para mim, fiz 12 pontos. Até hoje tenho a cicatriz, quando eu coloco roupa curta e vejo minha perna em sinto muito mal, me sinto horrível com aquela marca.

A.


Meu nome é A., tenho 15 anos.
No dia que eu nasci minha mãe ficou muito feliz. Ela me contou que quando soube que estava grávida ela contou para meu pai e ele disse para me tirar senão ele ia matar ela, daí minha mãe disse que ia se separar dele e ele disse que ela podia ir, mas que ela não ia sair viva de casa.
Mas mesmo assim vim ao mundo e estou aqui vivendo. No último final de semana, morreu meu bisavô, eu fiquei muito triste, minha mãe chorou muito, mas a gente segue levando nossa vida em frente.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012





V.


Vim ao mundo no dia 14 de fevereiro. Sabe que eu não me lembro muita coisa da minha infância, mas tem coisas que certamente nunca esquecerei.
Em um dia normal meu pai chegou do serviço e eu pedi a ele uma rapadura para mim e para minha mãe que estava grávida, estava esperando a minha irmã Ingrid. Uma noite antes alguns homens que estavam no bar haviam tentado roubar minha casa, um homem colocou uma arma na cabeça do meu pai e o meu pai reagiu, meu pai me abraçou e largou correndo, em pouco tempo a polícia de Bento Gonçalves bateu na minha casa, fizeram muitas perguntas e foram embora.
Lembro que minha mãe ficou desesperada, daí de surpresa, apareceu um amigo do meu pai, pegamos algumas roupas, entramos no carro e fomos embora. Poucos minutos depois encheram minha casa de tiros e meu pai foi preso.
Assim, eu e minha mãe grávida viemos para Guaporé, pagamos aluguel por dois anos, depois compramos nossa primeira casa.
Agora já fazem 7 anos que estamos em Guaporé, meu pai ainda está preso, sua pena acaba em 2023, recebeu esta pena porque matou um homem antes de eu nascer, até os meus 5 anos ele só aprontava para nos sustentar.
Eu sempre fico pensando e sempre chego a mesma conclusão, ninguém é perfeito nesse mundo, ele fez o que fez para me dar um futuro melhor.

M.


Meu nome é M., tenho 15 anos.
Em um belo dia de 1995 eu nasci. Minha mãe sentiu dor e foi para o Hospital Liberato Salzano, nasci em cima de uma cama sem médico, mas acabou tudo bem.
Quando estava com 5 meses tive Hepatite B. e tive que me tratar.
Com um ano nos mudamos para Rodeio Bonito, lá compramos um terreno e construímos uma casa.
Quando fiz 4 anos comecei a ir para escola, nessa época nasceu minha irmã. Tempos depois, minha irmã teve leucemia no sangue e teve que tratar a doença, eu devia ter uns 6 anos.
Minha mãe ficou 8 meses no hospital com a  minha irmã, imagina que eu era criança, distante de tudo, eu e meu irmão tivemos que morar com outras pessoas. Ficava na casa de duas tias, ia revisando, um pouco com cada uma.
 Assim fui levando a vida, sentia muita saudades da minha mãe e da minha irmã, mas depois minha mãe volto para casa com a minha irmã curada. Ainda bem!
O tempo foi passando e eu fui crescendo, daí minha tia convidou meus pais para vir morar em Guaporé, minha mãe achou uma boa ideia, então minha tia achou uma casa e nós viemos morar para cá.
Hoje já fazem três anos que estamos morando aqui.

Tatiéle



Minha história de vida começa assim...
Minha mãe se casou com meu pai e com ele teve cinco filhos. Eu e minhas irmãs adorávamos brincar de casinha de bonecas.
Poço dizer que minha vida não teve nem começo nem fim. Fiquei muito triste quando perdi meu avô e fiquei mais triste ainda quando perdi minha avó, eu, minhas irmãs e minha mãe ficamos muito abaladas, nossa avó era a única coisa que nos restava, ela dava muita coisa boa para nós.
Mudando de assunto... Nasci em Bento Gonçalves, vim para Guaporé quando tinha 3 anos e moro até hoje na mesma casa. Foi neste lugar que conheci amigas novas e comecei uma nova vida.
Com cinco anos comecei a estudar, foi muito ruim para me adaptar, mas em poucos dias já me familiarizei com os colegas e professores, foi muito legal.
Assim fui crescendo e aprendendo as coisas que o mundo me oferecia, minha mãe e meu pai não deixavam faltar nada para nós, eles sempre trabalharam e batalharam muito para nos sustentar.
Depois nasceu a minha irmã, a L., a gente ama muito ela, agora ela já está grande e muito bagunceira, mas nunca vou deixar de gostar dela.
Hoje estou na 5º série, minha mãe vai ter orgulho de mim, vou me formar, crescer e ser alguém na vida. Desejo um beijo para todos que estão lendo minha incrível história e um abraço bem grande.

R.


Vou começar minha história falando sobre minha mãe. Minha mãe era uma pessoa simples, daí ela se casou com meu pai, quando eu nasci meu pai e minha mãe se separaram, assim minha mãe teve que me criar sozinha.
Eu era muito sapeca, minha mãe me contou que certo dia eu me acordei de madrugada e entrei em uma bacia de água fria, depois demorei um monte para me esquentar.
Eu e a minha mãe moramos em Bento Gonçalves até que eu completei 5 anos, depois nos mudamos para Serafina Correa, fomos para casa da minha avó, eu adorava morar lá, tinha muita fruta.
Depois nos mudamos de novo, dessa vez não nos mudamos mais, fomos morar no Bairro Fátima, que pertence á Serafina. Nessa época já tinha 6 anos, perto de lá tinha um campinho onde eu jogava bola todos os dias. Ali tinha um vizinho muito chato, ele só me chamava de nome, até que um dia me irritei e bati nele, deu uma baita confusão com a mãe dele .
Com 7 anos ia em uma escola bem perto da minha casa, eu ia muito na minha avó. De meio dia minha mãe ia trabalha, com  8 anos não parava, já não parava mais na minha avó, eu e meu primo ficávamos passeando pela cidade de ônibus, chegávamos em casa bem tarde. Imagina que a aula acabava ás 5h e nós chegávamos em casa pra lá das 6h30mim.
Quando estava com 9 anos minha mãe trocou o horário na firma, então eu ficava em casa, quando sentia saudades da minha avó eu   ias visitar ela, mas era difícil, eu preferia jogar bola.Com 10 anos me mudei para Guaporé, achei que seria chato, mas eu estava enganado, era muito mais legal morar aqui do que lá.
Comecei estudando no Félix, era legal, fiz amigos bem rápido, mas fiquei ali só um mês. Eu, minha mãe e meu padrasto morávamos de aluguel, daí nos mudamos para a Vila Verde, assim comecei a estudar na Escola Alexandre Bacchi, aqui também fiz amigos com facilidade.
Agora estou com 11 anos e esta é a minha história, o que vai acontecer na minha vida de agora em diante só Deus sabe.




D.


Meu nome é D., nasci no dia 26 de dezembro de 1998 na cidade de Porto Alegre.
Morei até os dois anos em Porto Alegre com minha família, meu pai, minha mãe e meus 4 irmãos, depois viemos para Guaporé.
Aqui tive uma infância feliz, brincava muito com meus irmãos.
Com 5 anos comecei a estudar na Escola Jairo Brum, aprontava muito, mas mesmo assim fui passando de série até que cheguei na 5º, então tive a oportunidade de participar da Aceleração na Escola Alexandre Bacchi, primeiro fiz a 5º e a 6º junto e agora estou fazendo a 7º e a 8º.
Hoje sou feliz com minha família, de manhã vou para a Horta, de tarde vou para o colégio, onde gosto muito da minha turma.
No futuro quero ser feliz e ter uma família.