Meu nome é R. Z., moro aqui em Guaporé, tenho 12 anos e
estou na 6°ano.
Quando eu tinha 6 aninhos fui com meu pai na roça, a
família toda foi lá, menos a minha nona, ela ficou em casa fazendo a comida, o
meu irmão o J., tinha um facão e eu uma faca pra cortar o mato, então o meu
irmão, sem querer, atingiu o meu dedo, doeu bastante e até hoje tenho a
cicatriz.
Lembro que quando eu fui para casa estava sangrando
muito, daí a nona perguntou o que tinha acontecido e eu disse que o J. tinha me
dado uma faconada no dedo, doeu muito e não parava de sangrar, ainda que não
quebrou o osso. No dia seguinte o meu
dedo estava melhor, mas eu tinha colocado uma faixa para ir dormir, só que a
faixa grudou e eu não conseguia mais tirar por que doía, então a nona foi lá e
tirou bem rápido, aos poucos o meu dedo foi sarando.
No dia seguinte fomos na roça cortar de novo, daí o meu
irmão me deu uma foiçada no outro dedo, assim tive que ir para casa colocar uma
faixa, esta também grudou e doeu bastante, tive que ficar com a mão enfaixada
por 6 ou 7 dias, daí o dedo ficou bom.
Uma vez o J. fez um carrinho para mim e para o J.
brincar, então um dia quando a gente estava eu brincando, vimos que tinha uns
pregos soltos, daí o G. pegou uma pedra e bateu nos pregos, assim acabou dando
uma pedrada no dedo, a mãe pegou uma faixa para amarar o meu dedo, lembro que
no outro dia tive que pegar e corta unha e tirar a linha, doeu um monte.
Agora vou contar do meu joelho... Uma vez eu cai um tombo
aqui perto da minha casa, foi quando a gente estava brincando de canetinha,
estava eu, o Molto, o Bonet, o Tony e o Jhonatan, daí eu fiz uma canetinha no
Jocemar, a barra era no poste, e o Joce correu, então eu e o Tony começamos a
dar socos nele e quando coloquei o meu pé no chão eu machuquei o meu joelho. Neste
dia fui para casa com a mão no joelho, pensei que iria ter que fazer ponto,
então tive que ir no médico, o doutor olhou o meu joelho e não fez pontos, mas
pegou uma tesoura e ergueu o meu coro do joelho, puxou e cortou, doeu um monte.
Quando fui para casa, deitei no sofá, eu tinha que deixar o joelho reto, não
conseguia nem caminhar, mas aos poucos fui me recuperando. Fiquei 3 dias com a
faixa amarada, daí fui no médico para tirar e novamente a faixa grudou, o
médico mandou eu olhar para o lado e tirou a faixa, desta vez nem doeu muito.
Este ano foi um ano triste para mim, um dia de meio dia
minha mãe e meu pai foram almoçar na minha vó, então ela foi lavar o banheiro e
teve um ataque cardíaco e um derrame, assim acabou falecendo.
Hoje tenho 12 anos e estou no sexto ano da escola
Alexandre Bacchi e sigo levando a minha vida.
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