sexta-feira, 19 de julho de 2013

R.

Minha vida, minha história
Era 1999, lá estava eu dentro da barrida de minha mãe, louca para sair, nesta época minha mãe estava na cadeia por causa da minha avó que era um pouco desnaturada, nunca entendi direito o que aconteceu e no fundo, no fundo nem quero saber, seria mais um desgosto para mim, mais uma tristeza em minha vida.
O tempo passou e eu já estava com seis anos, no dia do meu aniversário, ganhei uma bicicleta do meu papi, então meu irmão L. quis andar, eu queria a bici e nem sabia andar, lembro que perto da nossa casa tinha um morro imenso, daí meu irmão decidiu descer o morro, acabou se arrebentando, quebrou o guidão da bici e foi parar dentro do terreno do vizinho.
Mas os tempos de alegria de acabaram. Minha mãe tinha depressão, batia na gente depois pedia desculpas, tivemos um irmão mais novo que nem conhecemos. Minha mãe era daquelas de ter um filho com cada pai, então meu papi se separou dela, foi morar em uma colônia, onde o patrão dele era um velho bem mala.
Depois da separação meu pai vinha todos os sábados buscar nós, então minha vó “querida” pediu a minha guarda e a do meu irmão, acabamos tendo que  ir morar com ela. Esse foi um terror, para vocês terem uma ideia, um dia eu ganhei uma barraquinha e ela quebrou tudo, só de raiva. Então eu ia correndo escondida chorar para minha mãe.
Nesse ano tive uma grande tristeza. Um dia cheguei em casa da igreja e encontrei minha mão morta deitada na cama, foi uma dor horrível, chorei muito.
Pouco tempo depois, em certo dia, meu pai veio buscar nós, quase todos os primos queriam ir junto, então fomos eu, meu irmão, minha prima P. e meus primos Q. e P., tinha ainda o meu dindo, todos tiveram que caber no fusca do meu dindo. Chegando lá a P., Q., e P. foram para casa do meu dindo, o pai deles.
Depois de um fim de semana incrível nós estávamos voltando para casa e no caminho sofremos um acidente. Eu fraturei as duas pernas e destruí um joelho, meu irmão fraturou a cabeça, meus primos, meu pai e meu dindo faleceram.
Depois que nos recuperamos um pouco eu e meu irmão fomos para a casa da minha avó e meu irmão caçula estava na Casa de Acolhimento, nós sofremos muito nas mãos dela, até que chegou o dia em que meus parentes decidiram que ela não podia fazer isso com a gente.
Lembro que no dia que tinha festa junina no salão e meu foi, eu ainda estava de cadeira de rodas, não podia ir, fiquei uma fera, então meu dindo apareceu na casa da minha avó, disse que era para a vó ir buscar o mano, na verdade eles estavam enganando ela, queriam me tirar de lá, o mano nem estava lá, tava com a dinda dele a L.. Quando minha avó voltou, eu não estava mais lá, meu dindo me levou para a casa dele.
Assim, minha dinda recorreu a justiça e estou morando com eles até hoje, pretendo morar para sempre ali, com estas pessoas que gosto muito.
Hoje minha dinda se separou do meu dindo e está com outra pessoa, estamos muito felizes e agora minha vida parece um conto de fadas perto do que eu já passei. 



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