Quando eu era pequeno passei por momentos ruins. Teve dias
que nós só comia arroz e feijão.
Meu pai é um guerreiro, sempre fazia de tudo para conseguir
comida para nós, ele trabalhou dês de pequeno, até os 73 anos. Às vezes meu pai
caçava pombas para a gente ter carne para comer. Depois meu pai se aposentou e
a minha seguiu trabalhando, até que veio o maldito câncer de mama, daí ela virou
dona de casa e agora faz tricô e crochê para ganhar dinheiro, Além disso, ela
ganha um abono salarial porque ela está encostada.
Em 2007 foi a vez da minha irmã, ela teve uma doença, uma
tal de isquemia transitória, chegou a ficar internada por 47 dias no Hospital
Cristo Redentor de Porto Alegre. Nesse período eu e meus irmãos tivemos que
ficar em casa, por que minha mãe foi junto com minha irmã.
Enquanto isso, meu pai ia trabalha, só vinha no final de
semana. Depois que meu pai conseguiu esse serviço, no segundo dia, eu fui
mordido por um cachorro da raça Rotivailer, levei 46 pontos na cabeça e no
braço. Lembro que não queria contar para minha mãe que estava no hospital por
que eu sabia que ela ia passar mal, mas daí minha irmã contou e minha mãe
desmaiou.
Dois dias depois minha mãe veio para casa com minha irmã,
elas deram muito carinho á todos nós, inclusive minha mãe me deu uma festa de
aniversário bem bonita.
Quando parecia que as coisas estavam se endireitando, meu
padrinho que considerava como avô morreu, isso pesou muito para mim, sentia um
aperto por dentro, uma saudade enorme.
Agora as coisas vão bem, espero que continue assim.
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